Brian Morris. “A Ecologia de Kropotkin”.

Peter Kropotkin, um geógrafo anarquista e socialista revolucionário nascido em 1842 na aristocracia russa, foi um pioneiro na ecologia social e um teórico anarquista proeminente. Após realizar pesquisas na Manchúria e Sibéria, ele se exilou na Grã-Bretanha, onde produziu obras influentes como “Campos, Fábricas e Oficinas do Porvir” e “Apoio Mútuo: Um Fator de Evolução”. Kropotkin argumentou que os seres humanos, embora parte da natureza, também são distintos dela, tornando-se uma “força geológica” no planeta. Ele propôs uma ecologia social que combinava humanismo e naturalismo, defendendo a descentralização das indústrias e a criação de uma agricultura diversificada e intensiva, fora das restrições do capitalismo. Kropotkin acreditava que a autossuficiência alimentar poderia ser alcançada se os agricultores se libertassem do Estado, do latifundiário e do banqueiro. Ele também criticou o “darwinismo social”, que justificava o capitalismo e o imperialismo, argumentando que a cooperação e o apoio mútuo eram tendências naturais em animais e sociedades humanas. Kropotkin imaginou uma sociedade ecológica baseada em princípios comunistas anarquistas, sem Estado, economia de mercado, propriedade privada, e com uma organização social voltada para a comunidade. Sua visão continua relevante hoje, especialmente em face de uma crise ecológica e social provocada pelo capitalismo.

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